Para especialistas de recursos humanos, essa falta de planejamento do tempo e motivação pode gerar meses e meses de busca ineficaz pela recolocação. Procurar emprego tem de ser o seu novo emprego: e isso demanda esforço e agenda bem-feita.
Organize seu dia | |||||
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Flávia Garbo, gerente de desenvolvimento organizacional da Luandre, consultoria de recursos humanos do Estado de São Paulo.
Nos dias ou no fim de semana seguintes à perda do emprego, a primeira coisa a fazer é relaxar, e não deixar se abater pelo desânimo. Procure fazer atividades de lazer, em vez de aumentar a ansiedade, disparando e-mails com seu currículo a esmo. Mas, no domingo à noite, começa a sua batalha: faça a programação da semana.
"Quando perdemos o emprego, perdemos a rotina. Isso nos faz entrar em um mecanismo ruim, que pode nos levar a um estado depressivo. Por isso, é preciso organizar as tarefas de busca pela vaga de modo parecido à sua jornada de trabalho", diz Elaine Saad, gerente-geral da Right Manager Brasil.
Em primeiro lugar, sua agenda tem se seguir o horário comercial -- é o período em que você vai conseguir falar com as pessoas. Mas, antes de tudo, reserve uma hora do dia para cuidar de você mesmo: se ainda não começou, faça uma atividade física, pelo menos três vezes por semana, e realize consultas a médicos e dentistas. "São atividades que você não tinha tempo para fazer enquanto estava empregado", diz Saad.
Reserve outras duas horas para pesquisar fontes onde você possa buscar empregos. Nesse caso, a ajuda pode vir principalmente da Internet: agências de recolocação, sites de notícias da área e páginas das próprias empresas. "No desespero, o profissional panfleta o currículo. Na verdade, ele tem de definir aquelas empresas em que tenha realmente interesse", diz a consultora Flávia Garbo.
Mesmo que você já tenha cadastrado seu currículo no site da empresa, busque também os e-mails das pessoas de recursos humanos e gestores -- use a Internet ou ligue para a empresa, mas cuidado para não ser insistente. E faça uma lista, com contatos, de amigos e conhecidos que estejam no mercado de trabalho e podem ajudar a encontrar uma nova vaga -- ou que possam indicar quem consiga auxiliá-lo.
Pessoalmente
Em outras duas horas, tente contatar essas pessoas, por e-mail, telefone ou pessoalmente, agendando encontros com elas. "Você pode ir até a academia para encontrar alguém que trabalhe numa empresa interessante, mas não adianta dar a ela o currículo no vestiário. Tem de marcar um almoço, por exemplo", diz a gerente da Right.
O ideal é que esses encontros ocorram pelo menos três vezes por semana. E esteja atento para os horários: como as pessoas estão trabalhando, você terá de ter agenda livre principalmente no almoço e no fim do dia.
Flávia Garbo aconselha ainda que o profissional visite agências de emprego. "Entregue o currículo e converse com os consultores. A Internet diminuiu um pouco isso, mas esse contato pessoal é importante. O consultor consegue formar uma opinião sobre o candidato. Isso facilita: ele se lembra do profissional quando chega uma nova vaga. Os consultores também podem reorientar o profissional, sugerindo mudanças no currículo, por exemplo", diz.
Uma última lembrança: atualize seus conhecimentos. Deixe uma hora para acompanhar as notícias e ler, principalmente o que está relacionado à sua área. "Quando a pessoa trabalha, ela recebe essas informações automaticamente. Esse conhecimento pode ser importante na entrevista".
Diego Santos
Divulgador FR Promotora
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diego_b.santos@yahoo.com.brFonte:http://noticias.uol.com.br/empregos/ultnot/2008/09/28/ult880u7421.jhtm
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